O Livro dos Espíritos
Autor do livro: Allan Kardec
Autor do livro: Allan Kardec
Parte Segunda: Capítulo I: Dos Espíritos
Olá galerinha do bem, do além, do umbral e do astral... alto astral, por favor!
Quem, neste mundo, não conhece uma boa história ou estória de assombração, de fantasmas? Quantos “causos” ou mesmo casos pessoais, envolvendo vultos, visões, vozes, batidas, encontros realistas em sonhos, ao vivo e muito mais? Inúmeros, não é? Até o mais cético, na pior das hipóteses, conhece alguém experimentado nesses assuntos. Neste quesito, os espíritos são tão democráticos quanto versáteis. Essas histórias atravessam todos os continentes, todas as culturas, todas as línguas, todos os tempos, ainda que os nomes variem bastante aqui e ali. Bateu um medinho? Então coragem! O desconhecido sempre foi fonte inesgotável de medo, todavia jamais foi páreo para mentes curiosas e/ou cheias de fé! Se algumas testemunhas bastam para condenar um réu, então deveríamos, ao menos, ponderar sobre os incalculáveis testemunhos de todos os tempos e parar de taxar as pessoas que contradizem nossos paradigmas cristalizados como loucas, supersticiosas ou ignorantes!
Mais que irmãos em Cristo, somos, primeiro, irmãos em Deus. Irmãos em Cristo contam-se poucos na Terra, poucos irmanados na prática do Amor Universal. Entretanto, a fraternidade oriunda do Criador é absoluta, abarca todas as criaturas do universo, especialmente, os seres inteligentes. E quem são eles? Espíritos. Espíritos? Sim, espíritos como nós, a individualização do princípio inteligente. Segundo eles, o momento de sua criação é um mistério, até mesmo para os perfeitos que recuperaram completamente a memória de suas incontáveis existências. Sobre sua filiação, porém, não pairam dúvidas: somos filhos de Deus. Deus Pai, Deus Mãe! Mãe, sim! Vençamos as dicotomias sexuais humanas as quais, de modo algum, podem ser atribuídas aos espíritos, muito menos, ao Ser Supremo. O Ser que sempre existiu e existirá, que sempre criou e criará. Não poderíamos imaginar a(o) Grande Arquiteta(o) ociosa(o), nem por um segundo, assim nos ensinaram os espíritos.
O espírito é uma entidade individual, corpórea, tangível. Ele pode ser entendido como a essência inteligente, o núcleo por trás de todos os envoltórios ou, simplesmente, a entidade dotada de um corpo espiritual, denominado perispírito (uma analogia ao perisperma das frutas). A casca simbolizaria o corpo físico, o perisperma; o corpo espiritual e a semente, o espírito em si. A tangibilidade e outras materializações advêm do grau e do tipo de mediunidade, para se efetivarem. Mas, quanto às relações entre desencarnados, elas se dão naturalmente. Em se tratando da natureza desse corpo espiritual, ela se origina no tão falado fluído cósmico universal, sendo mais ou menos etéreo, a depender do grau de elevação do planeta e do próprio indivíduo. Sim, os planetas também passam por estágios evolutivos, enquanto eterizam seus elementos e purgam as energias deletérias, orientados pelos seres superiores, ministros de Deus. Mas, por hora, nos deteremos nos espíritos.
Classificar e inventariar foram considerados primeiros atos da intelectualidade humana encarnada, na inventiva civilização suméria. Lembrando que os sistemas existem a fim de facilitarem nosso entendimento e não para nos escravizarem, para nos engessarem, passarei, então, a enumerar a classificação preferida pelos espíritos autores e organizadores do livro: Espíritos Puros, Bons e Impuros. Eles admitem, a grosso modo, essas três grandes categorias principais, reforçando a possibilidade de inúmeras formas classificatórias, de acordo com os critérios utilizados. Os impuros seriam aqueles em que o desejo do mal predomina, o ego domina, as paixões controlam; os bons, em que já predomina o desejo de fazer o bem, o amor ao próximo, no entanto, neles, ainda existem características para serem aprimoradas; os puros, seriam os perfeitos, os que dispensam reencarnação, os mais próximos de Deus(a), porém inferiores a Ela/Ele, pelo Ser Supremo Ser apenas UM(A).
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