Olá galerinha microscópica do bem e transdimensional do mal, afinal toda matéria tem sua anti-matéria, ou não? Acho que não né...
Ao tocar suas harpas, violões, violinos, violoncelos e todas as cordas celestes... Deus disse: -Faça-se o Multiverso!
Série: Redações
Livro
dos Espíritos
Autor do livro: Allan Kardec
Autor do livro: Allan Kardec
Capítulo
II: Dos elementos gerais do universo
Uma pergunta, dentre outras, intriga
nossos cientistas contemporâneos: qual a composição do universo? Físicos,
astrofísicos, astrônomos, cosmólogos, químicos debruçam-se sobre esse mistério.
Acreditam ser composto por, aproximadamente, 4% de matéria ordinária
(bariônica), 22% de matéria escura e 74% de energia escura. O qualificativo
“escura” refere-se ao desconhecimento desses elementos, deduzidos a partir de
observações indiretas, por exemplo, dos seus efeitos na gravidade dos corpos
celestes. As teorias do Big Bang assim como da expansão do universo eram
inviáveis, caso fossem apenas contabilizados os dados da matéria ordinária.
Fato notável, envolvendo esses elementos
escuros, é a sua invisibilidade diante dos mais modernos instrumentos de
observação/medição, ou seja, não podemos observá-los diretamente, mais que
isso, eles constituem o vácuo do espaço. O vazio não tão vazio. Seriam eles, o
fluído cósmico universal, enunciado pelos espíritos, na primeira metade do séc.
XIX? Aquela substância semimaterial,
imponderável e invisível aos nossos instrumentos, mas que, ainda assim, é
matéria e tudo preenche? Uma matéria distinta daquilo que chamamos convencionalmente
de matéria. Um elemento primitivo do qual derivariam todos os outros. O embrião
cujo magnetismo e cuja eletricidade são seus desdobramentos. Essas seriam as
características do fluído cósmico, substância intermediária entre a dimensão
física e a espiritual.
Avançando no rol das semelhanças, nos
deparamos com a teoria das cordas. Essa teoria pretende unificar a Relatividade
einsteiniana com a mecânica quântica, porém, carece de provas empíricas. Não
deixa de ser provocante a ideia esotérica, nela implícita, de que “Tudo é Um”.
Tudo o que existe no universo visível ou invisível derivaria de um único
elemento primordial, combinado e organizado das mais diversas formas. Vibrando
das mais variáveis maneiras, diriam os teóricos das cordas. Um ultramicroscópico
filamento essencial, capaz de originar toda a matéria conhecida ou desconhecida,
ao vibrar em frequências dessemelhantes.
Segundo os espíritos, no Livro dos
Espíritos, o universo seria composto de três elementos fundamentais: a matéria
grosseira, a matéria etérea e o princípio inteligente. A teoria das cordas
admite a concepção de sete dimensões além das quatro conhecidas (comprimento,
largura, profundidade e tempo), casando mais uma vez com as teorias
multidimensionais espiritistas, as quais vinculam as dimensões invisíveis à
matéria etérea.
Foi singular um livro de meados do séc. XIX afirmar o quão
distantes os cientistas estavam da partícula basilar. A afirmação foi anterior
aos experimentos de Goldstein e Rutherford, 1886 e 1904, respectivamente,
descobridores dos prótons. Afirmação igualmente anterior à descoberta dos
elétrons por Joseph John Thomson, em 1897, ganhador do Nobel de Física, em
1906. Isso sem esquecer os quarks, partículas subatômicas, pesquisadas por
físicos como Gell-Mann e Zweig, na década de 60, já no séc. XX! Sendo patente a
existência de partículas ainda menores, investigadas, atualmente, no Grande
Colisor de Hádrons ou LHC.
Outra assertiva desconcertante alude
aos estados da matéria: “(...). Mas a matéria existe em estados que ignorais (...)”
[Kardec, Allan; O Livro dos Espíritos, pág 72, 14 ed. de bolso – Rio de
Janeiro: FEB, 2007]. Mais de um século e meio depois, já se fala em, no mínimo,
5 ou 7 estados da matéria, além dos estados clássicos: sólido, líquido e
gasoso. Seja como for, melhor nos eximirmos de declarações categóricas, uma vez
que já blasfemei nesse texto, ao mencionar o espiritualismo tão próximo da
física. O fato é a existência de um gigantesco e promissor campo de
investigações, a certeza de muitas dúvidas. Contudo, percebemos a relevância de
um livrinho centenário, um ancião ousado. O Universo (ou multiverso...) uma
grande sinfonia? E nós? Notas desafinadas, fora do tom?
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