Série: Redações
Livro dos Espíritos: cap. I
De Deus:
Perfeito, infinito, eterno, incriado, soberanamente
justo e bom. Suprema Inteligência, Onisciência, Onipotência, Onipresença. Amor
universal. Deus. Esses seriam os principais atributos divinos, conhecidos pelo
homem para qualificar o Ser Supremo, sem, com isso, abrangê-Lo completamente. Esta
é a visão dos espíritas, em especial, e dos cristãos e outros monoteístas, em
geral, divergindo das demais religiões, politeístas, por exemplo.
É sabido que, em todos os tempos e
lugares, nas mais diferentes culturas, sempre houve um espaço notável, muitas
vezes central, para as crenças que pressupunham vida além da morte, além da
matéria, cultos religiosos, mentalidades espiritualistas, permeando os mais
diversos cotidianos. O além, assim como Deus ou os deuses, foi pintado de
muitas cores à imagem e semelhança dos respectivos povos.
Após a vitória das academias sobre as
igrejas, os cientistas, sacerdotes de nossa era, impuseram o desencanto do
mundo, as verdades metrificadas, laboratoriais. Paladinos da matéria, empreenderam
todos os esforços, a fim de varrer a superstição, o maravilhoso, o
sobrenatural, símbolos de obscurantismo, de ignorância e atraso, próprios das
eras pré-científicas. No entanto, aquele instinto do divino, que anima todos o
povos, estava longe de morrer, malgrado as inúmeras tentativas de aniquilá-lo.
Inclusive nas academias, ele florescia até mesmo em mentes einstenianas.
Segundo o cap. I do Livro dos
Espíritos, cientistas e politeístas confundem causa com efeito, ainda que tirem
daí conclusões distintas. Orgulho e ignorância turvariam a mente humana, ao
enxergarem na matéria a causa de tudo ou, nos fenômenos naturais, variadas
divindades. Muito estudo, silêncio e meditação se fazem necessários, caso
queiramos, ao menos, vislumbrar a verdade. Deus fala no silêncio, se mostra no
vazio e a tudo preenche. Desse modo, ensinam os espíritos: “O Nada não existe”.
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