terça-feira, 9 de maio de 2017

As máquinas biológicas


Série: Redações
O Livro dos Espíritos
Autor do livro: Allan Kardec
Capítulo IV: Do Princípio Vital

Olá galerinha viva e morta-viva, viva a vida!

     O que é a vida? O que determina estarmos vivos ou não? Qual a fronteira entre os seres orgânicos e inorgânicos? Carbono, o átomo da vida, combinado ao hidrogênio, elemento mais abundante no universo. Estes elementos são os principais componentes das criaturas vivas. Contudo, não parece existir barreira intransponível entre estruturas orgânicas e inorgânicas. Tudo seria uma questão de combinações, organização subatômica, atômica, molecular.
       Os espíritos, todavia, acrescentaram um elemento nessa receita: o princípio vital. Sem ele, moléculas, tecidos, órgãos e corpos não passariam de um amontoado de matéria morta. E o que seria esse princípio? Algo semelhante à eletricidade, ao magnetismo, algo que eles denominaram de magnetismo animalizado, o qual seríamos capazes de emanar, inclusive para prolongar a vida ou curar doenças. Esse fluido vital, como qualquer elemento existente, foi originado das modificações sofridas pelo fluido cósmico universal.
        Nossos órgãos seriam como pilhas impregnadas de fluido vital. O corpo, um conjunto harmônico na sinfonia da vida. Os desarranjos, o desafinar, as doenças, tão mais perigosas quanto maior o desafino. Um microcosmos integrado, interdependente. O esgotamento fluídico, a morte!
        Esses elementos obedecem a uma lei de atração, integrando-se, agregando-se. A partir da matéria inorgânica de cada planeta, o espírito molda sua “veste” semimaterial, o perispírito, na velocidade do relâmpago. Em cada planeta, uma veste, um corpo etéreo, pois, só assim, poderão interagir com a matéria local. Para estar vivo, porém, os humanos necessitam de outro elemento, o princípio inteligente, o espírito...

        A robótica e a informática atuais trazem novas e instigantes questões sobre as fronteiras da vida e da inteligência. Poderia um espírito encarnar num robô? Poderíamos chamar a inteligência artificial de inteligência? Quantas surpresas nos reservam esse futuro cibernético? 

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