O
Livro dos Espíritos
Autor do livro: Allan Kardec
Autor do livro: Allan Kardec
Capítulo
IV: Do Princípio Vital
Olá galerinha viva e morta-viva, viva a vida!
O que é a vida? O que determina estarmos
vivos ou não? Qual a fronteira entre os seres orgânicos e inorgânicos? Carbono,
o átomo da vida, combinado ao hidrogênio, elemento mais abundante no universo.
Estes elementos são os principais componentes das criaturas vivas. Contudo, não
parece existir barreira intransponível entre estruturas orgânicas e
inorgânicas. Tudo seria uma questão de combinações, organização subatômica,
atômica, molecular.
Os espíritos, todavia, acrescentaram um
elemento nessa receita: o princípio vital. Sem ele, moléculas, tecidos, órgãos
e corpos não passariam de um amontoado de matéria morta. E o que seria esse
princípio? Algo semelhante à eletricidade, ao magnetismo, algo que eles
denominaram de magnetismo animalizado, o qual seríamos capazes de emanar,
inclusive para prolongar a vida ou curar doenças. Esse fluido vital, como
qualquer elemento existente, foi originado das modificações sofridas pelo
fluido cósmico universal.
Nossos órgãos seriam como pilhas
impregnadas de fluido vital. O corpo, um conjunto harmônico na sinfonia da
vida. Os desarranjos, o desafinar, as doenças, tão mais perigosas quanto maior
o desafino. Um microcosmos integrado, interdependente. O esgotamento fluídico,
a morte!
Esses elementos obedecem a uma lei de
atração, integrando-se, agregando-se. A partir da matéria inorgânica de cada
planeta, o espírito molda sua “veste” semimaterial, o perispírito, na
velocidade do relâmpago. Em cada planeta, uma veste, um corpo etéreo, pois, só
assim, poderão interagir com a matéria local. Para estar vivo, porém, os
humanos necessitam de outro elemento, o princípio inteligente, o espírito...
A robótica e a informática atuais
trazem novas e instigantes questões sobre as fronteiras da vida e da
inteligência. Poderia um espírito encarnar num robô? Poderíamos chamar a
inteligência artificial de inteligência? Quantas surpresas nos reservam esse
futuro cibernético?
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