Olá galerinha do bem e do mal! Após longa hibernação, retorno com a série redações, referentes aos livros que estou lendo. Espero que gostem!
Série: Redações
O Livro dos Espíritos
Autor do livro: Allan Kardec
Autor do livro: Allan Kardec
Introdução
Estamos no séc. XIX da Europa cientificista. A Europa
“civilizada, ilustrada”. No entanto, elas giram. As mesas giram, batem,
erguem-se no ar. Mero entretenimento, diversão? Obra de hábil prestidigitador?
Mas onde o lucro? Por que tamanha difusão mundial? Ilusão de ótica? Alucinação
coletiva? Seria uma epidemia literária, religioso-filosófica? Um novo fenômeno
físico, tal qual o magnetismo, a eletricidade ou, ainda, efeitos desconhecidos
destes? Um efeito inteligente demanda uma causa inteligente? No entanto, elas
giram. Giram da Europa à América e talvez girassem alhures, se não fosse a estreita perspectiva eurocêntrica. Giram em
choupanas, casebres, palácios. Antes que alguém as explique, explicam-se. Dizem
para que vieram: “ Somos Espíritos”.
A maneira da prosaica “maçã newtoniana”,
escondiam, também, fantásticos segredos da Natureza. Essas mesas frenéticas
iriam revelar todo um universo sobreposto ao nosso. Pelo menos foi assim que
pensou o pedagogo Hippolyte Léon Denizard Rivail de Lion, futuramente conhecido
como Alan Kardec. Não só ele como vários observadores, pensadores e curiosos
antes e depois dele. Assim, um novo nome foi cunhado, Espiritismo, a fim de
diferenciá-lo das demais correntes espiritualistas. Mais que isso, toda uma
nomenclatura emerge, repleta de neologismos e ressignificações como: médium,
perispírito, fluído cósmico universal, erraticidade etc.
Essa nomenclatura lastreou uma nova
doutrina, referenciada nas chamadas revelações dos espíritos, nas quais ecoavam
diversos ensinamentos antigos: reencarnação, comunicação com o além, evocações,
magnetismo animal, regiões celestes ou infernais, moral evangélica, um Deus
Supremo. Sem embargo, suas peculiaridades, incluindo as curiosas comunicações,
psicografias e sua sistematização doutrinária, lhe valeram o status de nova
filosofia religiosa com potencial universalizante, contudo, sem as pretensões
proselitistas tradicionais. Seria o Espiritismo capaz de reconciliar ciência e
religião? Os espíritas dizem “sonoro sim”. Quanto aos céticos, esses ainda não
se deram ao trabalho de se debruçarem seriamente sobre um assunto tão
insignificante, na opinião deles, digno de suas piadas desrespeitosas. No entanto,
elas giram?
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